No dia 29/01/13 começou a "minha preparação" para a cirurgia. Um dia antes temos que ficar na dieta líquida absoluta e, com isso a ansiedade cada vez maior.
Minha cirurgia estava marcada para 7 horas da manhã e minha internação estava marcada para às 5h.
Saímos (meu noivo e eu)de casa de madrugada e chegamos ao hospital às 4:30 da manhã. Noooooossa como é difícil esses momentos, nós dois ultra-nervosos no quarto esperando a grande hora. Mas mesmo assim ainda tentamos descontrair e deixei o Uelinton (meu noivo) tirar minha última fotografia obesa mórbida, pois sabíamos que a partir daquele momento, vida nova!!!
Essa sou eu, momentos antes de descer para a sala de cirurgia, de avental e com, pela última vez, 120kg!
Enfim, chegou a hora de ir para a sala de cirurgia, deixei meu amor no quarto e fui deitada na cama. A sensação é inexplicável, 1 minuto, demora horas. Ficar ali naquela sala pré operatória olhando o movimento, ai ai parecia interminável!
Enfim a anestesista veio conversar comigo, me explicou todo o procedimento e tentou me acalmar, mas foi em vão, nervosismo a mil!!!
Chegando à sala de cirurgia, encontrei com a minha médica, que pessoalmente colocou em mim as meias anti-trombo, conversou comigo enquanto me preparavam. A anestesista, Dra. Julieta, me avisou que estava injetando a primeira dose do remédio e na segunda dose me disse: "Agora você vai dormir, tchau!".
A técnica usada em mim foi a bypass, sem anel.
Acordei ainda na sala de cirurgia, com a Dra. Ana Karina me chamando, ela me avisou que tinha terminado e perguntou se eu me sentia bem, apaguei de novo.
Acordei novamente na sala de recuperação, a Dra. Ana Karina estava ao meu lado, me lembro de estar com dor, ela disse que me daria morfina e tudo ficaria bem. Senti enjoo, mas logo levantaram minha cama, fiquei meio sentada e a sensação passou. A Dra. Julieta também veio me ver e conversar comigo, mas eu estava "grog" e nem lembro o que ela me disse.
De volta ao quarto, estavam me esperando meu pai e meu noivo, que bom ver os rostos deles.
Graças a Deus não vomitei, fique com um pouco de dor quando passava o efeito dos remédios mas nada "de morrer", fiquei até o inicio da noite na cama, meio sentada, porque deitada me dava enjoo. Ao final da tarde, o Uelinton, já me colocou de pé, recomendações médicas, e fomos caminhar no corredor do andar. É muito importante para a circulação esses pequenos passos, mesmo que sinta dor, andar é muito importante. Minha mãe foi me visitar também, depois de tanto medo que passei, foi muito bom ver as pessoas que mais amo no mundo ali comigo.